Toma de assalto o tempo, arrombando as portas da velha e
sombria desesperança, o brilho de um olhar atento e despido de qualquer
desconfiança.
Na sutileza da dilatação da alma, que em seu próprio tempo
se despoja do desassossego em trafego, o reflexo do sol inspira o amparo, e o
aconchego das mãos que acariciam sem ao menos carecer tocar trazem de volta o
fôlego.
O pulsar, o caminhar, o expressar, mostram que a liberdade
pressupõe cuidado partilhado, na dança do que há para se almejar. E dessa forma
espontânea e despretensiosa, um diamante bruto vai sendo lapidado.