sexta-feira, 27 de junho de 2014

Procrastinar.

Procrastinando a vontade, o júbilo, a renúncia e a insurreição.
Dividido entre as marcas de um espaço sórdido e borrado na história e a ilusão do vento ameno sem nenhuma direção.
Como um pássaro engaiolado observo a paisagem da liberdade almejada. Mas as asas estão destreinadas e o mundo conhecido se acaba por entre as valas da gaiola acinzentada.
Entra o ar, resquícios da natureza e a luz a me abraçar. Mas de que vale toda entrada se a saída não me for proporcionada? De que vale a saída se as asas não forem bem cuidadas? De que valem as asas se o cuidado me acaricia, me acalanta e me conforta, mas me mantém acorrentado?


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