domingo, 2 de outubro de 2016

Lapidação

Toma de assalto o tempo, arrombando as portas da velha e sombria desesperança, o brilho de um olhar atento e despido de qualquer desconfiança.

Na sutileza da dilatação da alma, que em seu próprio tempo se despoja do desassossego em trafego, o reflexo do sol inspira o amparo, e o aconchego das mãos que acariciam sem ao menos carecer tocar trazem de volta o fôlego.


O pulsar, o caminhar, o expressar, mostram que a liberdade pressupõe cuidado partilhado, na dança do que há para se almejar. E dessa forma espontânea e despretensiosa, um diamante bruto vai sendo lapidado.

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